terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Quando as estrelas...

Quando as estrelas cadentes cruzavam meu céu
Eu fazia sempre o mesmo pedido
De ser feliz

...até que um dia elas me atenderam
e me trouxeram você!

(Nice Lima)

Ai como vc me dói de tanta saudade

Me perco em atalhos
Pra diminuir essa distância
E amenizar essa dor,
Essa ansia que veio morar dentro de mim
Às vezes me dói te amar assim...

(Nice Lima)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Brindei a chegada do verão...

Brindei a chegada do verão
estou em algum porto
em algum cantinho do mundo
assim me sinto melhor

sete luas
dormi e sonhei com você
com seu sorriso maroto
que sempre me cativou

entardeceu
brisa em meu rosto
uma lembrança nossa
li de novo a sua carta

estou melhor agora
mesmo estando distante de tudo
e estando só
os poetas também vivem só

deixo as ondas me acalmarem
isso faz tão bem, meu bem
cante nossas baladas
quando sentir saudade
aqui é um pequeno lugarejo
e de onde estou
vejo um veleiro
silencioso... como eu

daqui a pouco
cruzará um velho do mar
horas que passaram
ou nós que passamos no tempo?

Estrelas enlutadas
preciso ir..

(Nice Lima)
Aquidauana, MS em 14 de agosto de 2002.

As flores se curvam...

As flores se curvam à vontade do vento
Como a pedir perdão
Por serem tão belas
Tão belas quanto frágeis

vento que me toca
sem me machucar
queria que vc fosse o vento
No chão as folhas secam se revoltam
e dançam

Meu coração está inquieto
Me deu vontade de te ver
Sei que nunca te disse as palavras certas
sei que existem frases que precisamos ouvir
Que acalmam nossa alma
Como um abraço que busca o calor
E os olhos buscam traduções

(Nice Lima)

O vento brinca ...

O vento brinca com o cabelo da menina
esconde no rosto
o seu desgosto

às vezes a alma não consegue tocar
as canções que pedimos
aos corações puros que amam

sabemos quando encontramos
não sabemos é que fazer
para ficar por perto

desculpe pelos meus impulsos
brincar nem sempre é divertido
roubar um coração pode ser
ainda que não se saiba
o que fazer com ele

(Nice Lima)

A vida me abraça

A vida me abraça
a cidade é uma praça
o amor não tem graça
paixão me desgraça
coração despedaça
você faz pirraça
e eu faço trapaça
viro fumaça
não sou sua palhaça
apedrejei a vidraça
do olhar que estilhaça
por mais que tu faça
já perdeu sua caça
só bebo cachaça
sinto a mordaça
o abraço que laça
e destrói como traça
minha voz embaraça
saudade arregaça...

(Nice Lima, 30/05/05)

Eu nunca quis fugir...

Eu nunca quis fugir
do desejo
nem você do amor
quem mais se afastou?
Leva tempo para saber

Te desejo mais do que posso
gosto do teu cheiro
de tuas mãos fortes
que me prendem
que me acariciam
que me fazem te querer sempre mais

não é justo te perder
por falta de ousadia
se eu te esperava
se você veio...

Desenhei um coração...

Desenhei um coração com seu nome dentro
Guardo recordações em caixas de sapatos
Saudade doce de seu sorriso naquela tarde

Junhos trazem invernos
Estou só
Preciso do teu calor que incendeia
Queima
Mas não deixa cinzas
Porque cinzas são restos

Agora, enquanto a cidade dorme
E a rua está deserta
Eu penso em você

(Nice Lima,julho de 2007)

Observe as flores...

Observe as flores
Dizem que não sentem dores
Todo coração sempre tem alguém
Que o deixou ou a deixar...
Rastro de lua
Saudade tua

(Nice Lima, julho de 2007)

Presentinho do Petu

Só meu Petu...




Sobre o encantamento

Já tive um pintinho e um patinho amarelo
protegi aquelas bolinhas de penugens entre minhas mãos
e aquele biquinho pequininho que pia pia pia?
meu Deus como piam
E a gente nunca sabe se é de medo de nós ou da vida, se é de fome
e olhinhos que não sei se, se são tristes ou aflitos?
mas um dia eles cresceram e não me lembro deles assim
...e perderam o encanto

e também já tive uma gatinha angorá bem bigoduda
dando cambalhotas pela casa
uma bolinha de pêlos
esta, com olhinhos travessos e dentes tão afiados
e gato sorri? Sorri sim, um sorriso maroto meio escondido
não queria que ela crescesse nunca
um dia precisei partir
ela morreu e eu nunca soube do quê
como doeu
Mas minha Cinderela nunca perdeu o encanto

Não tive, queria ter, sem ter, um cavalo árabe
preto como a noite
crinas longas
acho que queria também uma fêmea
branca
como a neve
para correrem juntos pelos campos sem fim
como nos filmes, em câmera lenta
bem selvagens
para não perder o encanto.

(Nice Lima)

Inacabado amor

Me olha, me toca, meus olhos, seus olhos
No meio da noite me deixa sozinha
me leva a loucura maluca desejo

Pega tua estrada agora vai pra longe de mim
amor de verdade não se trata assim
traições e mentiras já chega cansei
o espelho a vidraça dos olhos quebrei...

(Nice Lima)